GÊNEROS E PRÁTICAS DE SUBJETIVAÇÃO: SUJEIÇÕES, INSURREIÇÕES E ESTÉTICAS DA EXISTÊNCIA
Adalberto Ferdnando Inocêncio
Jefferson Campos
(organizadores)
Livro do Encontro com Jefferson e Ferdnando
“Gêneros e práticas de subjetivação: sujeições, insurreições e estéticas da existência” trata-se de um livro organizado e escrito por professores/as e pesquisadores/as que, nas suas escritas e vivências, demonstram a necessidade de colocar à tona assuntos tão relevantes como, por exemplo, educação, gêneros, diversidade sexual, etnias, corpos, existências, artes, mídias.
Essa obra reúne discussões indispensáveis para pensarmos o movimento social/cultural/político. Sobretudo num momento em que o Brasil assiste e enfrenta um (des)governo federal que inferioriza o conhecimento científico e os temas relevantes relacionados principalmente à diversidade humana.
Assim, o material ora apresentado tem uma potência gigantesca de contribuir para que as mais variadas formas de existir sejam pensadas e repensadas, em um movimento de reconhecimento das diferenças e da pluralidade. É inescusável armar pessoas com as ideias postas nessa coletânea.
Um livro recheado de contos eróticos, ilustrações e fotos da própria autora fazendo o que mais gosta: sexo!
CRÔNICAS DO CUS: CULTURA, SEXO E GÊNERO
Livro do Encontro com Leandro
A heterossexualidade não é natural? Homem que rebola é heterossexual? O que é hétero-passivo? Um homem heterossexual pode sentir desejo erótico por outro homem? Qual a orientação sexual de uma mulher que penetra homens? O ânus é um órgão sexual? O que é cisgeneridade? O que o universo trans nos ensina? Quem tem medo do menino afeminado? Quem tem “ideologia de gênero”? O que temem os fundamentalistas? Quais os limites dos movimentos LGBT e queer institucionais? E aí, neste Dia da Consciência Negra, vai um negão? Seria possível um “rolezinho” guei? Por quais mortes nós choramos? Quantas orelhas ainda teremos de arrancar? Essas são algumas das perguntas-título dos 50 textos reunidos neste livro. Vai encarar?
DEBATES DECOLONIAIS, SEXUALIDADES, GÊNEROS E INTERSECCIONALIDADE
Livro do Encontro com Jefferson e PC
Estratégia de resistência. Demarcação de espaços e de lugares de fala. Insurreições epistemológicas. Políticas de afeto. Diálogo. Eis alguns dos vários motivos que nos encaminharam à organização dessa obra. Porém, de certo modo, o privilégio da escrita, na academia, sob a tutela de bases epistemológicas consolidadas, durante nossa formação como graduados, mestres e doutores, constituem, no atual contexto social, cultural, histórico e, especialmente, político, na América Latina e no mundo, o mote para que, em Debates decoloniais, sexualidade, gêneros e interseccionalidade, os autores e autoras tenham razões para escrever. Como bem nos lembra Conceição Evaristo a esse respeito: escrevemos para existir, escrevemos porque existimos.
ESTADO DE LIBIDO – OU POESIAS DE PRAZER E CURA
Livro do Encontro com Carmen Faustino
A escritora Carmen Faustino enaltece o erótico em seu primeiro livro de poesias. A publicação reúne parte de seus textos escritos na última década, em uma coletânea que oferece mais do que erotismo e nos convida à reflexões sobre intimidade, prazer, descobertas, autocuidado e curas, no universo de feminilidade da mulher negra.
Um jovem descobre na Filosofia uma forma de pensar sobre o seu cotidiano. Reflete sobre acontecimentos e assuntos banais e outros tantos interessantes. Pelo diário, se pode ver o que se passa com o jovem. E essa história, contada por dias de reflexão, será banhada por questões que lhe pesarão na vivência de seu cotidiano.
Como arrancar ao futuro a possibilidade de permanecer viva? Acredito que as existências trans/travestis só se tornam possíveis se guiadas por um esforço de imaginação. Sim, imaginação. É preciso mais que nunca que nos dediquemos ao exercício da imaginação de novos futuros, não mais contornados pelos limites de um mundo instaurado pela normalidade. Estamos, pessoas trans/travestis, a desenhar novos mundos, não mais guiados pelas binariedades sufocantes: o eu e o outro, o corpo e a mente, o homem e a mulher. É, sem dúvidas um projeto arriscado, por vezes silencioso, um projeto de fulga, um plano estratégico. Nessa guerra a arte tem se tornado aliada. Descobrimos que a arte pode e deve ser uma plataforma de criação de novos modos de existir. Estamos, a partir da arte, tornando o coletivo o empenho em imaginar. Somos muitas, muitos, muites artistas trans/travestis e por caminhos múltiplos desenhamos para arte novas questões, novas abordagens, outras apps temos, um colapso estético.
CORPOS TRANSGRESSORES - POLÍTICAS DE RESISTÊNCIAS
Livro do Encontro com Sara Wagner York
Este livro é uma homenagem a Dandara dos Santos, travesti brutalmente assassinada em 15 de fevereiro de 2017, na cidade de Fortaleza. O caso teve grande repercussão na mídia nacional devido à barbaridade da execução. O relatório do inquérito mostra que doze pessoas participaram do assassinato, quatro adolescentes e oito adultos. Os culpados, dois ainda foragidos e um preso por outro crime, foram julgados e condenados a penas que variaram entre vinte e um e dezesseis anos de reclusão. Vale salientar que, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), em 2017 ocorreram 179 assassinatos de pessoas trans no Brasil, e até o dia 10 de junho de 2018, o mapa da entidade indicava a execução de 79 delas neste mesmo ano.
Este livro instala-se no território do pensamento queer para cartografar suas linhas de constituição. Em movimentos abertos de experimentação, composição, montagem e desmontagem, Rafael Leopoldo lança o seu olhar nos entre-lugares das geografias dissidentes, criando um mapa possível da teoria queer. Trata-se, é preciso dizer, de um mapa aberto e em movimento. Um mapa de fluxos, devires, extratos, linhas de fuga, poderes e resistências. Uma escrita-menor que forja possibilidades potentes para compreender e analisar o pensamento queer nas paisagens micropolíticas do presente. (João Paulo de Lorena Silva)
Uma cartografia pouco conclui, pouco infere, ao contrário, longe de conduzir a estes lugares, um mapa se apresenta como uma relação dependente dos desejos, das posições e dos sujeitos em relação com o mapa. Eu, por exemplo, comecei com o transfeminismo. Há quem diga que os livros registram e significam, que tenha a ver com eternizar, isso é uma bobagem. Como bem nos lembra Deleuze, um livro não significa nada, o que importa é como funciona e com o que compõe, neste caso, convido a que leiam esta obra a princípio, como quem passeia o olhar por um mapa, depois, com seus objetivos de onde chegar, noutro momento para se perder e talvez, logo ou longe, para encontrar nestas cartografias becos e vielas ainda não traçados. Como num jogo de videogame, experimentem o livro. (Helena Vieira)
... é uma suruba de ideias. de pessoas. de histórias. de possibilidades. é pensar sobre outras trajetórias. Sair do CIS-TEMA. Provocar. Questionar.
© 2021 Orgio à Brasileira.
Design by The Red Studio